Reflexões da Liberdade
Sobre a saidinha temporária, benefício previsto na Constituição e que é fundamental para a progressão de regime de pessoas presas que têm bom comportamento.
“É preciso que a sociedade como um todo colabore nesse processo [da saidinha temporária], sobretudo acolhendo essa pessoa que, estando ainda em processo de responsabilização devido a uma conduta delinquente adotada no passado, está voltando gradualmente à vida extramuros, sendo-lhe necessário retomar os elementos sociais e psíquicos subtraídos desse indivíduo pelo fenômeno da prisionização inerentes ao dispositivo carcerário”
Afirma Welliton Caixeta Maciel, especialista em segurança pública, professor e pesquisador do Grupo Candango de Criminologia da Universidade de Brasília (UnB). (fonte: correiodopovo.com.br)
Projetos na Câmara dos Deputados querem acabar com a saída temporária de presos. O benefício vale para datas festivas como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Natal e Réveillon, e está previsto na Lei de Execução Penal para condenados em regime semiaberto que têm bom comportamento. Atualmente, 25 projetos tentam alterar a norma. Os mais recentes deles, o 1386/2023, do deputado Bibo Nunes (PL-RS), e o 1133/2023, do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).
Imagina pra Helen, que por conta da pandemia e algumas burocracias, estava há 3 anos sem ver o outro lado do muro, o quanto foi importante rever a família e amigos, estar na rua, ver a vida acontecendo normalmente por aí. O quanto a saidinha contribui para que as pessoas que estão presas possam vislumbrar o futuro novamente?
Qual o verdadeiro desejo das pessoas que lá do alto de seus paletós querem dificultar ainda mais a vida das pessoas que estão fechadas no regime prisional brasileiro, um dos piores do mundo?
A Casa Marighella teve o privilégio de conhecer a Helen e outras tantas mulheres incríveis e suas histórias de vida na última saidinha no dia 14/03/23 junto com os parceiros do @reflexoesdaliberdade ! Lutamos por você, Helen, e contra toda opressão que mantém nosso país tão desigual! Chegaremos lá!
VIVA HELEN!!!